- Tânia Alves -
Ser Mediadores do Brincar Inclusivo foi um lindo presente na minha vida! Começando com a interpretação crítica da lei, compreendendo o poder da música, percebendo que é com a simplicidade dos materiais, na confecção e adaptação dos brinquedos que nascem seus lindos significados afetivos, não só para a criança, mas também para quem faz a mediação do brincar, visto pelo olhar brilhante de cada um dos nossos professores.
O brincar faz parte e é de total importância para o desenvolvimento biopsicossocial de toda criança, e todas elas têm o direito ao acesso ilimitado e sem privações ao universo das brincadeiras, inclusive aquelas (seja qual for) com deficiência.
Com a correria do dia a dia, os compromissos com o meu filho entre as idas aos especialistas que os acompanham pelo SUS, os afazeres de casa, estudos, projetos acadêmicos, iniciativas sociais entre outras atividades, não havia percebido que a minha criança interna estava se apagando, sumindo.
Foi um despertar para a importância do brincar, brincar de forma inclusiva, não só com o meu filho, desta maneira, propagando e mostrando as infinitas possibilidades de brincar, do fazer brincar e de compartilhar com qualquer pessoa e idade.
Finalizo o meu singelo texto com a fala de Rubem Alves.
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado." Rubem Alves.
Passarinhos - EMICIDA
(Part. Vanessa da Mata)
Despencados de voos cansativos Complicados e pensativos Machucados após tantos crivos Blindados com nossos motivos Amuados, reflexivos E dá-lhe antidepressivos Acanhados entre discos e livros Inofensivos
Será que o sol sai pra um voo melhor Eu vou esperar, talvez na primavera O céu clareia e vem calor vê só O que sobrou de nós e o que já era Em colapso o planeta gira, tanta mentira Aumenta a ira de quem sofre mudo A página vira, o são delira, então a gente pira E no meio disso tudo Tamo tipo
Passarinhos Soltos a voar dispostos A achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Passarinhos Soltos a voar dispostos A achar um ninho Nem que seja no peito um do outro
Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá
A Babilônia é cinza e neon, eu sei Meu melhor amigo tem sido o som, ok Tanto carma lembra Armagedon, orei Busco vida nova tipo ultrassom, achei Cidades são aldeias mortas, desafio nonsense Competição em vão, que ninguém vence Pense num formigueiro, vai mal Quando pessoas viram coisas, cabeças viram degraus
No pé que as coisas vão, jão Doidera, daqui a pouco, resta madeira nem pro caixão Era neblina, hoje é poluição Asfalto quente queima os pés no chão Carros em profusão, confusão Água em escassez, bem na nossa vez Assim não resta nem as barata Injustos fazem leis e o que resta pro ceis? Escolher qual veneno te mata Pois somos tipo
Passarinhos Soltos a voar dispostos A achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Passarinhos Soltos a voar dispostos A achar um ninho Nem que seja no peito um do outro
Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá
Passarinhos Soltos a voar dispostos A achar um ninho Nem que seja no peito um do outro Passarinhos Soltos a voar dispostos A achar um ninho Nem que seja no peito um do outro
Que todas as crianças e adultos independente das limitações, tenham voz e direito de fazer escolhas, voem livremente como os pássaros na natureza à procura de um ninho, do seu próprio espaço, mesmo que talvez seja preciso um ao lado do outro, juntos!
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